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Compostagem: o que é quais são os tipos e como começar

A compostagem é um método aeróbio de reciclagem e tratamento dos resíduos orgânicos. Saiba quais são os tipos e como fazer em casa!
compostagem

Você já se perguntou como transformar seus restos de alimentos e resíduos orgânicos em algo extraordinário para a natureza? A resposta está na compostagem! Mas não se preocupe, o processo de compostagem parece complicado, mas não precisamos ser cientistas para entender. 

Nós do Meio Sustentável chegamos para descomplicar o assunto para você e te contar como esse processo de reciclar resíduos orgânicos se transforma em um adubo natural, rico em nutrientes, que faz maravilhas para o solo.

A compostagem não é apenas sobre transformar resíduos, é sobre contribuir para um planeta mais saudável e equilibrado. Continue a leitura para descobrir dicas, truques e fatos fascinantes que farão de você um mestre na arte da compostagem. 

Não perca a oportunidade de fazer a diferença – sua terra e suas plantas agradecem!

O que é a compostagem?

A compostagem é uma ótima maneira de reduzir o desperdício de alimentos e as contribuições para as emissões de gases de efeito estufa. Mas também pode parecer uma tarefa difícil, o tipo de coisa que apenas jardineiros experientes e com jardas enormes podem fazer da maneira certa, o que não é verdade

A compostagem não é tão difícil (ou fedorenta) quanto você foi levado a acreditar. Qualquer pessoa pode adubar em qualquer local, desde que entenda o básico desse processo natural. 

O que é composto?

O composto é simplesmente matéria orgânica deteriorada – e “matéria orgânica” é um rótulo bastante abrangente. Um galho pode ser matéria orgânica, mas também uma casca de banana. Quando você mistura vários desses itens em uma pilha de composto, eles se decompõem naturalmente em um fertilizante rico em nutrientes que ajuda os jardins a crescer.

Para que serve a compostagem?

Para entender por que a compostagem é tão importante nos dias de hoje, é preciso dar um pulo no passado. Vamos lá?

Nos tempos antigos, civilizações como a chinesa e a romana já praticavam a reciclagem de resíduos orgânicos. Eles perceberam o valor dos restos de alimentos e da matéria orgânica, utilizando esses recursos para enriquecer o solo e promover uma agricultura mais sustentável.

Conforme a sociedade evoluiu, especialmente com o crescimento das cidades e a chegada da era industrial, surgiu a necessidade de lidar de forma mais eficaz com os resíduos orgânicos em larga escala. A compostagem entrou em cena como uma solução eficiente para reduzir o impacto ambiental dos aterros sanitários e contribuir para a conservação dos recursos naturais.

Ao longo do século XX, com a crescente consciência ambiental, a compostagem deixou de ser algo nicho e tornou-se mais acessível. As famílias e comunidades abraçaram a prática devido aos benefícios econômicos e ambientais que proporciona.

Hoje em dia, a compostagem doméstica está em alta, refletindo um compromisso crescente com a sustentabilidade e uma gestão responsável dos resíduos orgânicos. Em vez de serem descartados, esses resíduos se transformam em um recurso valioso que nutre o solo.

Resumindo, a compostagem serve como uma forma inteligente e sustentável de lidar com resíduos orgânicos, transformando algo que seria descartado em um recurso valioso para a Terra. 

Quais são os tipos de compostagem?

Vamos falar sério sobre compostagem! Existem diferentes maneiras de fazer isso, e cada uma tem suas características. Vamos dar uma olhada nos principais tipos:

Vermicompostagem

A vermicompostagem envolve a utilização de minhocas, geralmente da espécie Eisenia foetida, para acelerar a decomposição dos resíduos orgânicos. As minhocas são mestres em transformar resíduos em fertilizante orgânico de alta qualidade, ao mesmo tempo que criam um líquido rico em nutrientes chamado vermicomposto. Essa técnica é especialmente indicada para espaços pequenos, como apartamentos, e pode ser feita em ambientes internos.

Compostagem elétrica

A compostagem elétrica é um processo inovador que utiliza tecnologia para acelerar a decomposição de resíduos orgânicos. Ao contrário da compostagem tradicional, ela envolve a aplicação de correntes elétricas para otimizar o processo de transformação. Isso resulta em um adubo orgânico de alta qualidade, repleto de nutrientes essenciais para enriquecer o solo. É como uma versão moderna da compostagem, tornando o processo mais eficiente e rápido.

Compostagem coletiva

A compostagem coletiva é um esforço colaborativo em que a comunidade se une para transformar resíduos orgânicos em adubo. Em vez de cada pessoa realizar a compostagem individualmente, todos contribuem para uma pilha comunitária. Essa abordagem promove a sustentabilidade em escala local, transformando coletivamente restos de cozinha e jardim em adubo valioso para benefício de toda a vizinhança.

Compostagem doméstica

A compostagem doméstica é um processo de decomposição controlada de resíduos orgânicos, transformando-os em adubo orgânico rico em nutrientes. Esses resíduos orgânicos podem incluir cascas de frutas, cascas de vegetais, restos de comida, borra de café, folhas secas, aparas de grama e outros materiais biodegradáveis. O composto resultante é um fertilizante natural valioso que pode ser usado para enriquecer o solo do jardim, vasos de plantas e hortas.

Compostagem Seca

A compostagem a seco é um método eficaz para decompor resíduos orgânicos sem adição de água. Ao contrário da compostagem tradicional, que envolve a manutenção de uma pilha de resíduos úmidos e secos, a compostagem seca utiliza apenas materiais secos como palha, folhas secas, serradura, cartão e resíduos de jardim. Esses materiais secos são ricos em carbono e atuam como  fonte de energia para microrganismos que decompõem resíduos orgânicos.

Quais são as 3 fases da compostagem?

Você já se perguntou como aqueles restos de comida se transformam em adubo mágico para o solo? A compostagem é como um espetáculo de três atos, cada fase com sua própria magia. Vamos desbravar juntos!

1ª) Fase mesofílica

Nesta primeira etapa você coleta resíduos orgânicos para compostagem. Isso pode incluir restos de comida, cascas de frutas e vegetais, folhas secas, aparas de grama, palha e outras matérias orgânicas. É importante evitar a adição de resíduos não orgânicos, como plástico, metal ou vidro, que não se decompõem durante o processo de compostagem.

Nessa fase, os micro-organismos entram em cena, agindo em temperaturas moderadas. Bactérias, fungos e outros pequenos heróis começam a decompor os resíduos orgânicos, gerando calor. É como o aquecimento para o grande show que está por vir.

2ª) Fase termofílica

Os resíduos coletados são então empilhados em uma pilha de compostagem ou colocados em uma caixa de compostagem. Nesta fase, os microrganismos desempenham um papel fundamental no processo de decomposição. Bactérias, fungos e outros microorganismos começam a decompor os resíduos orgânicos em substâncias mais simples. As caixas de compostagem fornecem o ambiente apropriado, incluindo aeração e umidade, para o crescimento desses microrganismos. O calor gerado pela atividade microbiana acelera a decomposição e ajuda a matar patógenos e sementes de plantas invasoras.

Aqui é onde a mágica acontece de verdade! As temperaturas sobem, às vezes chegando a 70°C ou mais. Isso porque as bactérias termofílicas assumem o controle, acelerando a decomposição. É como se a compostagem estivesse em uma festa quente, onde os resíduos são transformados em um balé de nutrientes, pronto para enriquecer o solo.

3ª) Fase da maturação

À medida que o processo de decomposição continua, a matéria orgânica se transformará em composto. O composto resultante passará por um período de maturação durante o qual os nutrientes se estabilizam. Neste ponto, o composto está pronto para ser usado como fertilizante natural. É rico em nutrientes como nitrogênio, fósforo e potássio, além de micronutrientes essenciais ao crescimento das plantas. O composto maduro é caracterizado por uma textura escura semelhante à do solo e não emite odor desagradável.

Então, na próxima vez que jogar restos de cozinha na composteira, lembre-se das fases: o aquecimento, a grande festa do calor e a maturação. Cada uma desempenhando seu papel para criar um adubo incrível e sustentável.

Quais os fatores que influenciam na geração e na qualidade do composto?

Compreender os fatores intrínsecos à compostagem é essencial para otimizar o processo e garantir um composto de qualidade. Vamos explorar esses elementos críticos?

Organismos

O que são: Bactérias, fungos e outros micro-organismos.

Como Influenciam: A diversidade e densidade desses organismos impactam diretamente na taxa de decomposição. Uma microbiota rica e equilibrada é crucial para a eficácia do processo.

Temperatura

O que é: A temperatura é uma variável crítica nas fases mesofílica e termofílica.

Como Influência: Temperaturas adequadas potencializam as reações enzimáticas e aceleram a decomposição. O controle térmico é essencial para otimizar a eficiência do processo.

Umidade

O que é: A quantidade de água no sistema.

Como Influencia: O teor de umidade ideal favorece a atividade microbiana. A falta ou excesso compromete a eficácia do processo, exigindo um balanço meticuloso.

Aeração

O que é: A introdução controlada de ar no composto.

Como Influencia: A aeração adequada promove condições aeróbias, essenciais para a atividade microbiana eficiente. Girar ou revirar o composto assegura a oxigenação adequada.

Cuidados

O que é: Medidas preventivas para garantir qualidade.

Como Influência: Evitar resíduos impróprios, manter proporções balanceadas de carbono e nitrogênio, além de monitorar pH, são práticas vitais para um composto de qualidade. A gestão cuidadosa resulta em um composto equilibrado e rico em nutrientes.

Ao considerar esses fatores científicos, maximizamos o potencial da compostagem, convertendo resíduos orgânicos em um composto valioso para nutrir o solo de maneira sustentável.

Como fazer a compostagem doméstica?

  1. Escolha um local adequado

Você pode usar um compostor de jardim, uma caixa de compostagem ou até mesmo um recipiente caseiro, como um barril ou caixote de madeira.

Escolha um local que receba luz solar parcial, promovendo a atividade microbiana. Microorganismos, como bactérias e fungos, são cruciais nesse ambiente.

Exemplo: No quintal, sob a sombra de uma árvore, cria-se um ambiente propício para o desenvolvimento microbiano.

  1. Separe os materiais

Materiais ricos em carbono (folhas secas, serragem) e nitrogênio (restos de alimentos). A proporção ideal é de aproximadamente 30 partes de carbono para 1 parte de nitrogênio.

Exemplo: Crie duas pilhas, uma com folhas secas e outra com restos de alimentos, preparando o palco para a dança química.

  1. Triture ou pique

Materiais menores têm maior área de superfície para a ação dos microrganismos. Triture cascas e pique ramos, facilitando a decomposição.

Exemplo: Utilize um triturador para quebrar materiais maiores, acelerando a quebra das barreiras físicas.

  1. Faça camadas alternadas

Alterne camadas de materiais ricos em carbono e nitrogênio para criar um equilíbrio nutritivo. Isso promove o ciclo de nutrientes.

Exemplo: Camada de folhas secas, seguida por restos de alimentos, repetindo o ciclo para uma compostagem equilibrada.

  1. Mantenha a umidade adequada

A umidade é essencial para as reações bioquímicas. Mantenha a compostagem úmida como uma esponja, sem excessos.

Regue a compostagem periodicamente, garantindo um ambiente propício para os microrganismos.

  1. Misture os materiais

Mexa ocasionalmente para evitar zonas anaeróbias. A aeração promove condições aeróbias favoráveis à decomposição.

Exemplo: Use uma pá para girar os materiais, assegurando uma distribuição homogênea de nutrientes.

  1. Aguarde o processo de decomposição

A decomposição pode levar de semanas a meses, dependendo das condições. O tempo é o maestro que conduz o espetáculo.

Monitore a compostagem regularmente, observando as mudanças na cor, textura e odor.

  1. Utilize o composto

Quando o composto estiver escuro, semelhante ao solo, e com odor agradável, está pronto para uso.

Exemplo: Misture o composto maduro no solo do jardim ou em vasos, proporcionando nutrientes essenciais para as plantas.

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