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COP26: Entenda o que é e os principais detalhes sobre o evento

cop26

No dia 31 de outubro iniciou-se a 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, também chamada COP26. A conferência está ocorrendo em Glasgow na Escócia e conta com a participação de representantes de quase 200 países. Entenda a seguir o que é a COP26 e os principais detalhes sobre o evento.

O que é a COP26?

A palavra “COP” significa “Conference of the Parties”, em português, Conferência das Partes. As Partes referem-se aos governos que assinaram a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima (UNFCCC). Desde 1995, a COP reúne esses governos uma vez por ano para discutir maneiras de frear os problemas relacionados às mudanças climáticas.

A COP26 é a 26ª sessão do evento e será sediada em Glasgow, entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro, tendo o Reino Unido como anfitrião. A conferência estava originalmente prevista para acontecer em novembro de 2020, porém, devido à pandemia, ela foi remarcada para este ano.

Durante o evento acontecem diversas discussões e negociações entre as autoridades presentes com o objetivo de encontrar soluções e traçar planos e metas para lidar com os problemas climáticos da atualidade. 

Quem irá participar?

A conferência conta com a presença de diversos líderes mundiais, mas a maioria dos países optam por enviar representantes em nome do governo. Também há a presença de organizações internacionais, ativistas e jornalistas. 

Entre algumas das principais figuras importantes que irão comparecer no evento podemos citar a ativista Greta Thumberg, de 18 anos, Boris Johnson, o primeiro-ministro britânico e anfitrião do evento, o príncipe Charles, o príncipe William e a duquesa Kate Middleton. A rainha Elizabeth II também iria comparecer, porém precisou cancelar sua participação no evento devido a problemas de saúde. Além deles, é importante ressaltar a presença do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que reincorporou o país no Acordo de Paris após o ex-presidente Donald Trump tê-lo tirado durante seu mandato.

Principais objetivos da COP26

Segundo o site oficial da COP26, existem 4 objetivos principais:

  1. Neutralizar a emissão de gases e manter a temperatura média global em 1,5˚C até 2050: Os países devem apresentar metas ambiciosas de redução de emissões para 2030 com o objetivo de neutralizar a emissão desses gases até a metade do século. Para isso, os países devem se comprometer com atitudes como acelerar a eliminação do carvão, reduzir o desmatamento, acelerar a mudança para veículos elétricos e investir em energias renováveis.
  2. Proteger comunidades e habitats naturais: Capacitar e incentivar os países afetados pelas mudanças climáticas a proteger e restaurar ecossistemas e a construir defesas, sistemas de alerta, infraestrutura e agricultura resistentes para evitar a perda de moradias, de meios de subsistência e de vidas.
  3. Mobilizar finanças para cumprir nossas duas primeiras metas: os países desenvolvidos devem se comprometer em mobilizar pelo menos US $100 bilhões em financiamento climático por ano até 2020. 
  4. Trabalhar junto para entregar: Para enfrentar os desafios climáticos, é preciso trabalhar em conjunto. Durante a COP26 é esperado finalizar o Livro de Regras que regulamenta o Acordo de Paris e acelerar as ações para enfrentar a crise climática por meio da colaboração entre governos, empresas e sociedade.

Brasil na COP26

O Brasil enviou como representantes o vice-presidente da república, Hamilton Mourão, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque. O presidente Bolsonaro não irá participar pois ele atendeu ao encontro do G20, em Roma nos dias 30 e 31 de outubro.

De acordo com o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, o Brasil irá “(…) apresentar ações empreendedoras, sustentáveis tanto do Governo Federal e, especialmente, de quem faz essa atividade de preservar o meio ambiente. Vão ter desde casos de produtores rurais a casos da indústria, da energia, da agricultura, do turismo. Estamos desenhando uma COP que possamos aproveitar aquele espaço para mostrar a todo mundo um Brasil que cuida das suas florestas e que, sim, é uma economia de baixa emissão de gases de efeito estufa. E que tem uma matriz energética que é o sonho de todo mundo em 2050 atingir o que fazemos hoje em relação à energia elétrica.”

Ações durante a COP26

ActionAid convoca caminhada global para chamar a atenção dos impactos sociais causados pelas mudanças climáticas.

EarthWalk 2021 quer provocar o debate antes e durante a COP26, que começa dia 31 em Glasglow #CadaPassoConta

A ActionAid está convocando todos os caminhantes e corredores mundo afora para um movimento em prol do debate sobre as mudanças climáticas e seus impactos sobre as comunidades mais vulneráveis. É a EarthWalk 2021, ação em que pessoas de todo o mundo se juntam numa única caminhada para chamar a atenção sobre os temas debatidos na COP26. Evento da ONU, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática vai reunir os líderes mundiais, além de cientistas, empresários, acadêmicos e ativistas, entre os dias 31 de outubro e 12 de novembro.

A primeira edição da caminhada global aconteceu em 2020 para reivindicar um mundo mais justo, alinhado com a sustentabilidade, para todos e todas, especialmente após os impactos da Covid-19. Foram 121.711 quilômetros percorridos, o equivalente a três voltas no globo terrestre. Para participar da edição de 2021, as pessoas interessadas só precisam acessar o site da EarthWalk, se cadastrar e alimentar a página com os quilômetros percorridos diariamente. Além, é claro, de postar em suas redes sociais usando a hashtag #CadaPassoConta. Há também a opção de conectar seu app de atividade física ao site e, automaticamente, alimentá-lo com seus passos. Grupos de amigos que já têm o hábito da caminhada coletiva também podem participar, desde que sejam respeitadas as medidas de segurança contra a Covid-19.

Hoje estão sendo ativadas campanhas convocando os caminhantes em 31 países do mundo: África do Sul, Austrália, Bangladesh, Brasil, Burundi, Camboja, Etiópia, França, Gâmbia, Gana, Grécia, Haiti, Indonésia, Itália, Jordânia, Libéria, Malawi, Moçambique, Nigéria, Ruanda, Palestina, Senegal, Serra Leoa, Espanha, Tailândia, Quênia, Reino Unido, Uganda, Vietname, Zâmbia, Zimbabwe. Vamos dar voltas ao mundo juntos às comunidades mais afetadas pelas mudanças climáticas para chamar a atenção daqueles que têm o poder de decisão sobre o futuro do planeta.

Além da EarthWalk, a ActionAid fará uma série de intervenções públicas durante a COP 26 em Glasgow, para que as vozes do mundo todo sejam ouvidas nas negociações entre os líderes mundiais. As imagens da marcha, colhidas ao redor do mundo, serão projetadas em uma área ao ar livre de grande circulação na cidade sede. A ação quer chamar a atenção para as sérias consequências sociais que as mudanças climáticas vêm provocando. 

Em recente pesquisa divulgada em 19 de outubro, por exemplo, a Organização Meteorológica Mundial, da ONU, revelou que a temperatura na África subiu acima da média global no último ano. O que representa um impacto profundo na vida no continente. A previsão dos cientistas é que as três grandes massas de gelo do continente, entre elas o Monte Kilimanjaro, deixarão de existir até 2040. Por conta das secas e das enchentes, houve um aumento de cerca de 40% do número de pessoas em situação de insegurança alimentar em 2020, em relação a 2019. O clima afeta desproporcionalmente as populações mais pobres. E o quadro se repete no Brasil, que vive uma crise hídrica e pode entrar num período de crise energética devido à severidade com que as mudanças climáticas têm afetado o país.

Em agosto deste ano, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) divulgou um relatório histórico para o debate sobre o tema. Histórico pelo fato de, pela primeira vez, o IPCC demonstrar claramente a relação direta entre a ação humana e a elevação da temperatura e as mudanças climáticas. Inclusive no Brasil, onde as chuvas e as secas cada vez mais intensas geram graves consequências, sobretudo para os mais vulneráveis. A ActionAid acompanha de perto os efeitos da crise climática nas comunidades que apoia.

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