Os resíduos eletrônicos são um grande problema ambiental, que aumenta a cada ano com o descarte dos mais diversos aparelhos, entre eles os celulares – segundo o Fórum de Resíduos de Equipamentos Elétricos e Eletrônicos (WEEE), 5,3 bilhões de aparelhos celulares foram descartados em 2022. Um dos fatores que contribui para isso é a forma de implantação da bateria, que faz com que a sua substituição seja quase tão cara como a compra de um novo aparelho.
Para tornar as baterias mais fáceis de substituir, o Parlamento Europeu aprovou uma nova legislação que pode evitar que milhões de smartphones sejam depositados em aterros sanitários, informa a EuroNews.
“Pela primeira vez, temos legislação sobre economia circular que abrange todo o ciclo de vida de um produto, uma abordagem que é boa tanto para o ambiente como para a economia”, afirmou eurodeputado Achille Variati, que acredita que as novas medidas ajudarão a quebrar o ciclo de consumo desenfreado.
De acordo com as novas regras, os consumidores devem poder “remover e substituir facilmente” as baterias portáteis utilizadas em dispositivos como smartphones, tablets e câmaras, o que vai demandar uma remodelação significativa.
Além disso, todos os veículos elétricos e baterias industriais recarregáveis com mais de 2 kWh terão de ter uma declaração obrigatória da pegada de carbono, um rótulo e um passaporte digital. O Parlamento Europeu aprovou ainda novos objetivos para a coleta de resíduos e a recuperação de materiais de baterias antigas.
Até 2031, 61% dos resíduos devem ser recolhidos e 95% dos materiais devem ser recuperados das baterias portáteis usadas. As regras entrarão em vigor em 2027.
Esse artigo foi originalmente escrito pela Redação de Um Só Planeta. Leia o original.