Todos os produtos que consumimos atualmente podem gerar algum resíduo. Grande parte deles podem ser enviados para locais de coleta e reciclagem de materiais, mas alguns são considerados inapropriados para a reutilização e até materiais contaminados. A opção mais utilizada no ciclo menstrual é o absorvente descartável que possui em sua composição cerca de 90% de plástico e contém resíduos que impede a sua reciclagem, tornando-se assim um rejeito e um grande problema para o meio ambiente.
Uma pesquisa do Instituto Akatu realizada em 2023 mostrou que uma pessoa pode utilizar até 15 mil absorventes descartáveis ao longo da vida, acumulando cerca de 200 quilos de resíduos. E o pior é que ele não possui uma destinação correta e acaba se degradando no ambiente e em aterros.
Impactos do absorvente descartável
O absorvente descartável é composto por diversas camadas de algodão, plástico e até mesmo gel que podem levar centenas de anos para decomposição. Apesar de ter trazido para a mulher mais independência e praticidade, seus impactos vão para além do descarte, começando até na produção.
Como exemplo, a parte de algodão presente no produto precisa passar por um processamento que utiliza litros de água que não podem ser reutilizadas. Fora que, apesar da utilização de alguns componentes naturais, o absorvente em si não é biodegradável, acumulando resíduos no ambiente por no mínimo 400 anos.
A destinação atual desses resíduos são os aterros sanitários que encobrem o lixo e coletam o chorume, mas o absorvente é um plástico inventado durante a Revolução Industrial. Com isso, o primeiro a ser utilizado ainda não se decompôs e está ocupando um grande espaço no ambiente.
Além disso, dados nacionais mostram que, apesar de estar proibido, quase 60% da população brasileira ainda descarta seus resíduos em lixões a céu aberto, gerando ainda mais impactos ambientais por não conter nenhum tipo de tratamento.
Quando são depositados em valas, geram um outro agravante com a liberação do gás metano e o possível incêndio do local. Sim, os absorventes são produtos altamente inflamáveis capazes de aumentar as chamas do fogo. Esse processo acaba gerando ainda mais gases efeito estufa.
Ciclo menstrual e a falta de informação
O ciclo menstrual é algo natural e biológico que acomete todas as mulheres do início da adolescente até a fase adulta. Entretanto, ainda existe muito tabu e dúvidas acerca do assunto, principalmente relacionado à higiene.
Uma pesquisa da ONG WaterAid, realizada no Reino Unido, conversou com 1.000 garotas, de 14 a 21 anos, dentre as quais 1 em cada 4 não sabia identificar o que estava acontecendo quando menstruou pela primeira vez. Ainda, um outro relatório feito pelo movimento Girl Up mostrou que 1 a cada 7 pessoas, um total de 500 milhões, não tem acesso a nenhum método para cuidar do seu ciclo menstrual.
A falta de informação ainda se reflete nas opções que a mulher tem para sua higiene menstrual, sendo que algumas delas são sustentáveis e mais confortáveis para elas.
Alternativas reutilizáveis para o seu ciclo menstrual
Os métodos reutilizáveis são a melhor opção para preservar o meio ambiente, principalmente no Brasil em que não há um descarte correto dos absorventes descartáveis. Por isso, com os avanços tecnológicos novos modelos de absorventes foram desenvolvidos e remodelados para esse fim.
Entre os principais métodos, existem o coletor menstrual, a calcinha absorvente, o absorvente de pano e o disco menstrual. O valor econômico desses produtos é um pouco maior que o absorvente descartável, porém a sua duração também é maior.
Coletor e disco menstrual
O coletor menstrual, por exemplo, é um copinho de silicone que deve ser inserido no canal vaginal durante o ciclo menstrual para coletar o sangue. Ele é ajustável e possui tamanhos diferenciados de acordo com a idade e a quantidade de gestações.
Ele deve ser higienizado em até 12 horas e pode ser reutilizado por até 3 anos. O ideal é sempre higienizá-lo com água e sabão e depois esterilizá-lo em água quente.
O disco menstrual é semelhante ao coletor, porém ele tem a possibilidade de ser utilizado durante relações sexuais. O modelo também pode ser reutilizado por até 3 anos.
Nenhum desses métodos há contraindicação.
Absorvente de pano
O absorvente de pano é feito com tecido e em alguns casos possuem botões para fixá-lo na calcinha. A higienização pode ser feita de acordo com as recomendações do fabricante, mas em geral pode ser lavado com água e sabão neutro.
A opção demanda consumo de água e energia para a lavagem, mas ainda é menor em comparação com os absorventes descartáveis. A sua duração estimada é de aproximadamente 5 anos.
Calcinhas absorventes da Pantys
Essa pode ser uma opção que além de sustentável, pode ser ainda mais confortável para a mulher. Elas são calcinhas, iguais às tradicionais, mas com uma quantidade de forros a mais para conter o sangue da menstruação.
Os tecidos podem variar entre uma cobertura seca (poliéster) ou suave (algodão). O segundo, inclusive, é um tecido mais natural e é menos alergênico.
E é aqui que a Pantys entra com uma tecnologia única de absorção e dermatologicamente e ginecologicamente testada. As calcinhas possuem cinco camadas que são biodegradáveis e anti-bactérias e anti-odores.
A primeira camada, que possui contato direto com a pele, possui toque seco e confortável. As duas seguintes são camadas superabsorventes, a seguinte é uma camada impermeável e a última é o tecido que envolve a calcinha.
As pantys são calcinha altamente tecnológicas e patenteadas que podem ser reutilizadas por aproximadamente 4 anos, sendo que durante o período menstrual elas podem ser utilizadas por até 12 horas e ela pode ser lavada à mão ou na máquina, sempre atenta para remover o excesso de fluxo no ciclo menstrual.
Elas ainda são veganas e possuem o selo de carbono neutro. Utilizando a pantys durante os 4 anos, você ajuda a reduzir 780 absorventes descartáveis que equivalem a R$390 e 27,3kg de lixo.